Hoje, dia 02 de abril, é o Dia Internacional de Conscientização do Autismo, uma condição neurológica que se percebe em algumas pessoas. Para tratar sobre o tema, leia abaixo o texto do Psicólogo Educacional do CPVI, Wildson Oliveira.
Autismo é uma doença?
Não. na contramão do que muitos dizem, o Autismo é uma condição neurológica específica que tem como características principais alguns prejuízos, tais como: Déficits na comunicação, na interação social e no comportamento. Não pode ser considerada uma doença, pois não há uma causa definida, mas tem seu desenvolvimento de forma multifatorial diante da junção genética e ambiental.
Portanto, a ciência compreende esta condição como o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), dentro dos Transtornos do neurodesenvolvimento, ou seja, no desenvolvimento do indivíduo a junção entre os agente ambientais e em sua maior parte, a herdabilidade genética ocasionam o aparecimento das caraterísticas autísticas.
Os seres humanos são únicos e complexos, todos nós temos características que nos diferenciam e nos identificam em meio a tanta diversidade, que palavra legal, DIVERSIDADE!
Como lidar com indivíduos autistas?
Cada indivíduo dentro deste espectro pode apresentar diversas características, que vão desde os prejuízos possíveis até as potencialidades que podem muito bem ser desenvolvidas, principalmente se for descoberto ainda na primeira infância, possibilitando um acompanhamento que fará toda a diferença no seu desenvolvimento neurológico e comportamental.
A pessoa autista tem empatia?
Claro! O espectro não anula as habilidades socioemocionais, contudo, apesar de afetar a comunicação verbal e não verbal e a reciprocidade socioemocional (capacidade de compreender fenômenos sociais e emocionais) há a possibilidade de desenvolver vínculos sadios e um repertório onde o carinho e o amor são notórios.
Posso chamá-lo de ‘pessoa com Autismo’? SIM! ‘Neurodivergente’? SIM!
Mas, que tal chamar pelo nome ou pelo apelido carinhoso?
O que evitar, quando se trata de Autismo?
Os estereótipos (padrões estabelecidos pelo senso comum e sem conhecimento sobre o assunto)
Falas do tipo: “Ele não parece autista“, “nossa, ele é tão normal“, “que comportamento esquisito“, “coitadinho, ele é especial“, “você precisa fazer uma boa ação e sentar ao lado do coleguinha especial“.
Já é tempo de mudarmos a discutirmos EQUIDADE e não apenas INCLUSÃO. Nós já buscamos incluir, mas que tal tratarmos os diferentes de forma desigual? Proporcionando na justa medida aquilo que eles precisam?
E ai, vem conoso nessa?
O Colégio Paulo Vl respeita as diferenças e celebra as igualdades!
Psicólogo Educacional e Clínico: Wildson Oliveira.